O Ponto Alto foi criado pelo pastor Gilson César Geraldo, 43 anos. Atrai ovelhas desgarradas de tal forma que mexe com o brio até de igrejas da mesma denominação. As de outras, então, nem se fale.
“É a que mais me cativou. Diferente das demais”, diz o universitário Franklin Soares, 22. Desde setembro ele deixou de frequentar outra igreja evangélica e passou a fazer parte da Quadrangular.
Lincoln Borges, 22, conheceu a balada há três meses. “Pertencia a outro ministério. Agora venho aqui”. O mesmo aconteceu com Lidiane Oliveira, 16. “Eu era de um mais tradicional. Conheci e gostei.”
Tudo certo
O discurso comum entre os jovens é que o Ponto Alto é o lugar certo para fazer as coisas certas. “Aqui é uma balada para louvar a Deus. Não vamos a lugares onde podem rolar coisas erradas”, diz Karen Ponzan da Silva, 19. A cada sexta-feira, os conjuntos se revezam. A música gospel ganha batidas de samba, reggae, rock, pagode, rap e eletrônica. Cadeiras são retiradas para que os jovens dançarem enquanto louvam, na madrugada de Rio Preto.‘Enquanto muitos dormem, eu resgato jovens na noite’
O fundo do poço também foi o início de uma nova vida para Gilson César Geraldo. Foi na casa de recuperação Betel, onde passou seis meses internado para deixar o vício da cocaína, em 1986, que conheceu a Igreja do Evangelho Quadrangular.Ao sair de lá, queria ser pastor, mas precisaria estudar e se capacitar. Fez faculdade, trabalha na área comercial da Votorantim, casou-se e teve filhos. Fez curso no Instituto Teológico Quadrangular. Junto com a mulher, a pastora Gislaine, empregou uma pesquisa no bairro Parque da Cidadania. “Os jovens estavam sem rumo, envolvidos com drogas e bebidas.” Para atraí-los, alugava quadras de futebol onde promovia jogos, churrasco e sessão de cinema.
A balada começou há cinco anos. Mas era frequentada por poucos jovens. No ano passado, procurou um local e encontrou um galpão comercial na avenida Marginal Lineu Alcântara Gil. “Só precisei melhorar um pouco a cara do lugar, mas é perfeito.” Ao redor só tem pontos comerciais. No primeiro Ponto Alto foram 30 jovens. Hoje são entre 500 e 600. Nesse tempo já encaminhou mais de 40 adolescentes viciados para tratamento. Só este ano batizou 83 jovens. “Enquanto muitos dormem, nós estamos na madrugada resgatando vidas e influenciando gerações.”
Paz!
ResponderExcluirIrmão, eu fui no congresso de jovens da quadrangular em 2010, e o Pr. Gilson é uma benção, ele falou desse trabalho dele que é maravilhoso.
Fique com Deus, ótimo blog !